terça-feira, 22 de abril de 2008

A lenda da mandioca

Segundo essa lenda de origem indígena, há muito tempo numa tribo indígena a filha de um cacique ficou grávida sem nunca sem ainda ser casada. Ao saber da notícia o cacique ficou furioso e a todo custo quis saber quem era o pai da criança. A jovem índia por sua vez, insistia em dizer que nunca havia namorado ninguém. O cacique não acreditando na filha rogou aos deuses que punissem a jovem índia. Sua raiva por essa vergonha era tamanha que ele estava disposto a sacrificar sua filha. Porém, numa noite ao dormir o cacique sonhara com um homem que lhe dizia para acreditar na índia e não a punir.
Após os nove meses da gravidez, a jovem índia deu a luz a uma menininha e deu-lhe o nome de Mani. Para espanto da tribo o bebê era branco, muito branco e já nascera sabendo falar e andar. Passa alguns meses, Mani então, com pouco mais de um ano de repente morreu. Todos estranharam o triste fato, pois não havia ficado doente e nenhuma coisa diferente havia acontecido. A menina simplesmente deitou fechou os olhos e morreu. Toda a tribo ficou muito triste. Mani foi enterrada dentro da própria oca onde sempre morou.
Todos os dias sua mãe, a jovem índia regava o local da sepultura de Mani, como era tradição do seu povo. Após algum tempo, algo estranho aconteceu. No local onde Mani foi enterrada começou a brotar uma planta desconhecida. Todos ficaram admirados com o acontecido . Resolveram, pois, desenterrar Mani, para enterrá-la em outro lugar. Para surpresa da tribo, o corpo da pequena índia não foi encontrado, encontraram somente as grossas raízes da planta desconhecida. A raiz era marrom, por fora, e branquinha por dentro. Após cozinharem e provarem a raiz, entenderam que se tratava de um presente do Deus Tupã. A raiz de Mani veio para saciar a fome da tribo. Os índios deram o nome da raiz de Mani e como nasceu dentro de uma oca ficou Manioca, que hoje conhecemos como mandioca.

segunda-feira, 14 de abril de 2008

Contos populares

A velha gulosa
Um garoto estava trepado no mutá, entre os galhos de uma árvore, pescando, quando passou por ali a velha gulosa, que ao vê-lo, pediu-lhe que descesse. O garoto recusou e a velha mandou um bolo de maribondos atacá-lo.
O rapaz matou os maribondos e ela mandou um bolo de tocandiras. As ferroadas das terríveis formigas fizeram com que o rapaz se atirasse à água e então a velha pegou-o com uma rede e levou-o para casa. Aí preparou fogo sob o moquém para moquear a sua caça.
A filha da velha, porém, viu o moço e libertou-o, fugindo com ele, senão a mãe matava-a. Os dois fugiram pelo mato e a velha foi atrás deles. Mas eles fizeram numerosos balaios, transformaram-nos em animais: antas, capivaras, veados, porcos, pacas, cutias. A velha ia comendo tudo e eles iam ganhando tempo. Depois a moça não pôde mais acompanhá-lo e ele seguiu sozinho.
Ia passando por uma árvore cheia de macacos quando ouviu o grito da velha "can-can-can-can!". Pediu aos macacos que o escondessem, eles o esconderam no pote de mel.
A velha passou sem vê-lo e ele seguiu.
Ia passando perto da casa da surucucu quando ouviu de novo o grito da velha. Pediu asilo à cobra, que o escondeu ao fundo da toca. Mas ouviu que a cobra macho mandava a mulher preparar o moquém para o comerem e pediu socorro ao maracanã que comeu duas surucucu. O moço então saiu, andando pelo campo e quando chegou à margem dos lagos, ouviu de novo o grito da velha que vinha vindo. Pediu ao tuiuiu que o levasse para longe. O tuiuiu fê-lo subir às suas costas e bateu as grandes asas, levando-o até pousar no alto de uma árvore, dizendo ao moço que não podia prosseguir, estava cansado. O moço viu do alto da árvore uma choupana e foi lá. Morava nela uma velhinha bondosa que lhe deu de comer. O moço contou-lhe a história toda: quando era garotinho fora apanhado pela velha gulosa. Desde então vinha fugindo e agora era um homem feito.
A velha bondosa olhou-o bem, reconheceu nele seu filhinho desaparecido havia muitos anos. Ficou muito alegre. Os dois se abraçaram e cantaram de satisfação. E desde então o moço ficou na casa com sua mãe e a velha gulosa nunca apareceu por ali.

Contos populares

Amansando a mulher
Um rapaz enamorou-se de uma menina muito bonita e prendada, mas foi avisado pelos amigosde que ela possuía um grave defeito: teimava sem que ninguém a convencesse. O rapaz, que estava gostando muito da moça, decidiu-se a pedir-lhe a mão em casamento, apesar das informações.
O futuro sogro chamou-o para uma conversa reservada e disse-lhe a mesma coisa. A filha era boa dona de casa, honesta, econômica e séria, mas teimava como jumento.
— Não se preocupe com isso — respondeu o noivo — deixe por minha conta!
Casaram-se. Foram levados para a residência preparada e todos foram embora. Os recém-casados conversaram muito e, pela meia-noite, um galo começou a cantar. O marido resmungou:
— Eu pedi ao galo que deixasse a cantiga para mais tarde.
Continuaram conversando e outro galo os interrompeu.
— Galo teimoso! Merece um castigo. Se ele cantar novamente...
O galo voltou a cantar. O rapaz segurou a espada, desembainhou-a e saiu. Voltou com o galo atravessado na lâmina da arma. Espetou-a num canto do quarto e disse para sua assombrada esposa:
— Para quem é teimoso, tenho ponta de espada!
A mulher encolheu-se toda, tremendo de medo. Nunca se atreveu a teimar. Viveram como Deus com os anjos.
O velho sogro é que ficou espantado com a obediência da filha e tanto perguntou ao genro o segredo que este lho confiou. Deliberou o velho empregar o mesmo processo e, durante a noite, assim que o galo cantou, ele deixou a cama e voltou com o pobre bicho espetado numa faca. E disse, muito sério:
— Para quem é teimoso, tenho ponta de faca!
A velha, sem se alterar, respondeu:
— Perdeu seu tempo! Mata-se o galo na primeira noite, seu bobo.

(Em Cascudo, Luís da Câmara. Literatura oral no Brasil. 3ª ed. Belo Horizonte / São Paulo, Editora Itatiaia / Editora da Universidade de São Paulo, 1984. Reconquista do Brasil (nova série), v. 84, p.307-308)

Contos populares

Para quê....
Era uma vez um homem muito rico que resolveu viajar e então pegou seu iate e saiu pelomundo.Certo dia, chegou a uma ilha maravilhosa, cheia de riachos, de água cristalina e cachoeiras. Tinhatambém muitos tipos de árvores frutíferas e muito peixe. O homem rico começou a andarpela ilha e encontrou um caboclo deitado numa rede, olhando para aquele mar muito azul. Chegou bem perto do caboclo e puxou conversa:
- Muito bonito tudo por aqui...
- É...disse o caboclo, sem tirar os olhos daquele mar.
- Tem muito peixe nesse mar?
- É só jogar a rede e pega quantos quiser.
- Por que você não pesca bastante?
- Para quê?
- Ora, você pega um montão de peixes e vende.
- Para quê?
- Com o dinheiro destes peixes, você compra uma canoa maior, vai mais no fundo e pega mais peixe ainda.
- Para quê?
- Com o dinheiro você compra mais um barco, pega mais peixe e ganha mais dinheiro.
- Para quê?
- Você vai juntando, cada vez mais dinheiro, compra cada vez mais barcos, até chegar uma dia em que você terá uma indústria de pesca.
- Para quê?
- Ora, meu homem, você então será um homem poderoso, um homem rico, terá tudo que quiser, tudo o que sonhar, poderá comprar um iate como o meu, poderá comprar uma ilha como esta e então ficar o resto da vida descansando, sem preocupações...
- E o que é que eu estou fazendo agora?

domingo, 30 de março de 2008

Algumas lendas e mitos brasileiros

Algumas lendas, mitos e contos folclóricos do Brasil:
BoitatáRepresentada por uma cobra de fogo que protege as matas e os animais e tem a capacidade de perseguir e matar aqueles que desrespeitam a natureza. Acredita-se que este mito é de origem indígena e que seja um dos primeiros do folclore brasileiro. Foram encontrados relatos do boitatá em cartas do padre jesuíta José de Anchieta, em 1560. Na região nordeste, o boitatá é conhecido como "fogo que corre".
BotoAcredita-se que a lenda do boto tenha surgido na região amazônica. Ele é representado por um homem jovem, bonito e charmoso que encanta mulheres em bailes e festas. Após a conquista, leva as jovens para a beira de um rio e as engravida. Antes de a madrugada chegar, ele mergulha nas águas do rio para transformar-se em um boto.
CurupiraAssim como o boitatá, o curupira também é um protetor das matas e dos animais silvestres. Representado por um anão de cabelos compridos e com os pés virados para trás. Persegue e mata todos que desrespeitam a natureza. Quando alguém desaparece nas matas, muitos habitantes do interior acreditam que é obra do curupira.
LobisomemEste mito aparece em várias regiões do mundo. Diz o mito que um homem foi atacado por um lobo numa noite de lua cheia e não morreu, porém desenvolveu a capacidade de transforma-se em lobo nas noites de lua cheia. Nestas noites, o lobisomem ataca todos aqueles que encontra pela frente. Somente um tiro de bala de prata em seu coração seria capaz de matá-lo.
Mãe-D'águaEncontramos na mitologia universal um personagem muito parecido com a mãe-d'água : a sereia. Este personagem tem o corpo metade de mulher e metade de peixe. Com seu canto atraente, consegue encantar os homens e levá-los para o fundo das águas.
Corpo-secoÉ uma espécie de assombração que fica assustando as pessoas nas estradas. Em vida, era um homem que foi muito malvado e só pensava em fazer coisas ruins, chegando a prejudicar e maltratar a própria mãe. Após sua morte, foi rejeitado pela terra e teve que viver como uma alma penada.
PisadeiraÉ uma velha de chinelos que aparece nas madrugadas para pisar na barriga das pessoas, provocando a falta de ar. Dizem que costuma aparecer quando as pessoas vão dormir de estômago muito cheio.
Mula-sem-cabeçaSurgido na região interior, conta que uma mulher teve um romance com um padre. Como castigo, em todas as noites de quinta para sexta-feira é transformada num animal quadrúpede que galopa e salta sem parar, enquanto solta fogo pelas narinas.
Mãe-de-ouroRepresentada por uma bola de fogo que indica os locais onde se encontra jazidas de ouro. Também aparece em alguns mitos como sendo uma mulher luminosa que voa pelos ares. Em alguns locais do Brasil, toma a forma de uma mulher bonita que habita cavernas e após atrair homens casados, os faz largar suas famílias.
Saci-PererêO saci-pererê é representado por um menino negro que tem apenas uma perna. Sempre com seu cachimbo e com um gorro vermelho que lhe dá poderes mágicos. Vive aprontando travessuras e se diverte muito com isso. Adora espantar cavalos, queimar comida e acordar pessoas com gargalhadas.
Curiosidades:- É comemorado com eventos e festas, no dia 22 de Agosto, aqui no Brasil, o Dia do Folclore.- Em 2005, foi criado do Dia do Saci, que deve ser comemorado em 31 de outubro. Festas folclóricas ocorrem nesta data em homenagem a este personagem. A data, recém criada, concorre com a forte influência norte-americana em nossa cultura, representanda pela festa do Halloween - Dia das Bruxas.- Muitas festas populares, que ocorrem no mês de Agosto, possuem temas folclóricos como destaque e também fazem parte da cultura popular.

sexta-feira, 28 de março de 2008

Trava - línguas

ProvérbiosTambém conhecidos por: ditado, máxima, adágio, anexim, sentença, rifão, aforismo, etc.É a expressão do conhecimento e da experiência popular, traduzido em poucas palavras, de maneira ritmada, muitas vezes com alegria e bom humor, uns satíricos, alguns sábios, outros geniais, os provérbios são presentes em todo o planeta, adaptando-se aos países e idiomas, cada um a sua maneira e cultura.Alguns provérbios por ordem alfabética
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terça-feira, 18 de março de 2008

O que é folclore

Folclore é um gênero de cultura de origem popular, constituído pelos costumes, lendas, tradições e festas populares transmitidos por imitação e via oral de geração em geração. Todos os povos possuem suas tradições, crendices e superstições, que se transmitem através de lendas, contos, provérbios e canções.